Roger Elarrat
FILME DO MÊS// FEV – 2020 “JAMBEIRO DO DIABO” DE ROGER ELARRAT
AMAZÔNIA OCULTA
O que sabemos até agora sobre a série ficcional de Roger Elarrat, realizada em 2019 em Belém, retiramos do Facebook do realizador. Sobre a pré-produção Roger diz:
Essa é uma série que é produzida e será filmada no Pará. Eu cheguei a perguntar por atores que moram fora daqui mas que estarão aqui em julho para serem também considerados no casting. Não temos previsão orçamentária de passagem, hospedagem, etc para elenco de fora. Da mesma forma, queremos priorizar elenco amazônico que tem poucas oportunidades no meio, além das feições, o sotaque etc. Alguns atores que não são paraenses mas que moram aqui também têm participado de testes, mas são pouquíssimos, e os consideramos como elenco local pela logística, avaliamos a possibilidade de alcançarem o sotaque, e se parecem com os atores daqui.

Da esq. para dir: Roger Elarrat, direitor e roteirista, Lucas Escócio, Fotografia, e Felipe Braun, Produção.
Com roteiro do próprio Roger a série terá 5 episódios com três estórias em cada.
Os títulos dos 15 contos da série Amazônia Oculta, de acordo com o realizador são:
– O Escafandro e a Cabana
– O Duplo
– Cyber Kayapó
– A Entidade
– Eco
– O Filtro dos Sonhos
– O Símbolo Amarelo
– Abissal
– O Espelho
– A Estrela
– Eterno Retorno
– O véu
– Buraco Negro
– A Máscara
– Ilusão
Frames da série compartilhados dão uma ideia sobre o visual da série.
Roger também compartilhou uma série de curiosidades sobre a produção de Amazônia Oculta:
Algumas curiosidades da série:
– filmando em 3 semanas, as 15 histórias precisaram de um planejamento muito preciso porque praticamente todo dia era uma locação nova e não podia cair cena pro dia seguinte.
– acho que foi o projeto que fiz com o maior número de atores envolvidos.
– teve profissional que tava trabalhando ao meu lado pela quarta vez. Vários outros era terceira vez!
– terror, suspense… mas nada de Matinta, Boto ou Iara.
– tivemos uma equipe de efeitos práticos só de profissionais locais: fumaça, língua de monstro, sangue, tripas, gangrena, ácido, fogo, corpo mumificado e muito mais foi feito por eles. Um sonho né?
– fotografia ficou impressionante, mesmo com recursos simples e até “oldschool” às vezes.
– Rodamos em 4K
– tem tanto histórias de mata, de rio, quanto histórias da Amazônia Urbana.
– tivemos alguns nus tanto femininos quanto masculinos.
– alguns contos da série tiveram estilos de direção bem distintos uns dos outros: um foi só planos sequência e câmera na mão, outro só câmera parada, outro só dutch angle, outro cheio de plongé e contra-plongé e por aí vai.
– teve elenco mirim e atriz de 96 anos!
– aliás uma atriz de 14 anos foi uma das que mais surpreendeu. Vem aí mais uma descoberta nossa!
– vários elementos da minha assinatura estão presentes mais uma vez: carrinho de raspa-raspa, máscaras, duplo, cenas à luz de velas, encruzilhada, temas sombrios, café.
Mais curiosidades da produção da série Amazônia Oculta, filmada em julho de 2019:
– Na última semana de pré-produção rolou uma dança das cadeiras no elenco. Gente caiu, gente trocou de personagem, trocou passagem de avião e gente mostrou serviço pra ficar na série. Ismara (primeira assist. de direção) tava uma general irredutível no cronograma pra tudo dar certo.
– Uma das locações só foi decidida na véspera da filmagem. Olha que normalmente é tudo fechado com semanas de antecedência para toda a papelada, logística e decisões artísticas poderem ser encaminhadas a tempo. Não sei que mágica a Luana com a produção e a direção de arte fizeram, mas deu tudo certo nesse dia. Inclusive, segundo Maurício (o continuísta), rodamos mais de 40 planos, informação que tentaram me esconder para não dar muita confiança.
– Sempre imaginei que filmar com bicho seria muito sofrido, mas tivemos um cachorro ator que era um lorde inglês, além de muito fotogênico.
– Em um dos dias da ilha do combu a mágica do cinema aconteceu: o gerador quase cai do barco e acabou que não pudemos usar 80% do equipamento de luz planejado. Resultado: uma grande improvisação do Lucas (fotógrafo). Tive que entrar no clima e improvisar também com elenco e planificação de cenas. Joguei meu tablet com diagraminhas de lado e fui no embalo. Jazz.
– Um dos dias teve filmagens em um porão cheio de morcegos. Feri minha cabeça, um dos atores feriu a cabeça e a atriz principal cortou a mão (em cena!) e ainda rodou mais uns 3 planos com a mão sangrando.
– Quando chegamos ao Bosque Rodrigues Alves era dia de eclipse + lua cheia. A cidade foi tomada por uma tempestade e o bosque alagou, ficou um breu. Só se via os raios no céu. Todo mundo se escondeu e o pessoal que trabalhava lá se impressionava que eu era o único andando de um lado pro outro no meio das trilhas. Diziam que era cheio de visagem por lá, mas eu só pensava nas minhas cenas que tinham caído. Até voz do além foi escutada no rádio nessa noite.
– Fiz um stand in em uma cena de figuração saindo de dentro do corpo de um homem/monstro. Era só pra mostrar como queria, mas a equipe de foto me filmou e por sorte não virei meme (ainda).
– Lucas teve cara branca no dia que filmamos em um barco, mas por sorte já estávamos nos últimos dias de filmagens.
– 14 personagens morrem ao longo da série e mais uns tantos outros morreram pouco antes das tramas começarem ou podem morrer pouco depois das histórias terminarem.
– 10 personagens tiveram caracterização que precisavam que os atores usassem algum tipo de figurino especial (roupa de monstro/ robô/ visagem, máscara etc.)
Fonte: Facebook do realizador
6 projetos paraenses contemplados em edital da Ancine/SaV/EBC

Tapume, projeto da produtora Muamba contemplado no edital.
Seis projetos paraenses foram contemplados no edital do Programa Brasil de Todas as Telas , produto da parceria entre a Agência Nacional do Cinema – ANCINE, a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SaV) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). São mais de quatro milhões de reais em investimento em produção de séries para todos os públicos. Um destaque para a produtora Visagem com dois projetos contemplados e a Greenvision que em seu projeto “Amazônia ocupada captou o maior montante, mais de dois milhões de reais para falar sobre a imigração na Amazônia.
Os projetos contemplados foram:
“Amazônia ocupada” Proponente: Companhia Amazônica De Filmes S/S LTDA (PA) Produtora: Green Vision Direção: Priscilla Regis Brasil Público: Adulto. Sinopse: Série conta as histórias de migrantes de diversas áreas do Brasil durante as 13 maiores explosões migratórias na Amazônia entre as décadas de 1960 e 1980.
“As lendas da turma do Jambu” Proponente/produtora: 3D Produções LTDA EPP (PA) Direção: José Paulo Vieira da Costa Público: Infantil. Sinopse: Cada episódio da série trata de uma lenda do folclore brasileiro. A relação da Turma do Jambu com esta lenda é explicitada através de animações de recortes de desenhos realizados por crianças de diversas escolas do Brasil. Temas de lendas diferentes serão enviados para várias instituições de ensino de todo país, onde serão feitos desenhos em diversas técnicas: tinta guache, giz de cera, canetinha e colagem. Estes desenhos serão animados através de animação 2D.
“Aurá, eu sou de lá” Proponente/proponente: Visagem Serviço de Produção de Video Ltda. ME (PA) Direção: Ursula Vidal Santiago de Mendonça e Homero Flávio Fortunato da Silva Público: Adulto. Sinopse: Acompanha o cotidiano de 5 personagens que representam a esgarçada trama social tecida ao longo de mais de 20 anos de trabalho árduo e insalubre no segundo maior aterro do Brasil: o lixão do Aurá, localizado em Belém do Pará.
“Os dinâmicos” Proponente/produtora: Central de Produção Cinema e Vídeo Na Amazônia. (PA) Direção: Afonso Gallindo e Luciana Medeiros Público: Infantil. Sinopse: Os músicos da banda “Os Dinâmicos” tocam um ritmo original e contagiante, a guitarrada, alegrando as vilas ribeirinhas da Amazônia, onde vivem. Enquanto animam as festas e convivem em seu estúdio, eles também guardam um segredo. Joaquim Vieira (Mestre Vieira), Idalgino Cabral, Lauro Honório, Dejacir Magno e Luis Poça são mais músicos, eles são super heróis da Amazônia, que atendem inúmeros pedidos de socorro e denúncias contra a natureza.
“Squat na Amazônia” Proponente/produtora: Visagem Serviço de Produção de Video Ltda ME. (PA) Direção: Roger Elarrat do Carmo Público: Jovem. Sinopse: Narra a história de Juliano de Benjamim, jovens atores recém formados na Amazônia que fazem parte de uma geração de artistas que buscam novas formas de expressar a arte que criam, mas são frustrados pela realidade da produção teatral local. Eles decidem então criar um coletivo de teatro ao lado da jovem artista Valentina.
“Tapume” Proponente/produtora: Muamba Estudio Ltda ME (PA) Direção: Brunno Regis Público: Jovem. Sinopse: Série que retrata manifestações culturais de rua a partir de duas linguagens artísticas: o audiovisual e as artes gráficas.
Fonte: Ancine
Juliana contra o jambeiro do diabo pelo amor de João Batista, 2012 – de Roger Elarrat
João Batista é um homem frio, lacônico. Ele não consegue nem dormir nem comer direito, e principalmente demonstrar seus sentimentos pela fotógrafa Juliana, a única pessoa que se interessou por alguém tão estranho e misterioso. Mas agora, João Batista acredita que perdeu sua alma em uma brincadeira de moleque na infância e por isso está morrendo. Assim, o casal parte em uma jornada ao interior do Pará, durante o carnaval de boi de máscaras. Independente se as crenças de João são reais ou não, para Juliana esta pode ser a única chance de reconciliação, enquanto que para ele a jornada será a última oportunidade de confronto com o Diabo que espera e espreita escondido entre as máscaras de carnaval.
Este é um curta metragem de 2012, dirigido por Roger Elarrat, com produção executiva de Camila Kzan, fotografia de Emerson Bueno, direção de arte de Boris Knez, trilha original de Leonardo Venturieri, roteiro original de Roger Elarrat & Adriano barroso, maquiagem de Sônia Penna, figurino de Maurity Ferrão, edição e efeitos de Lozansky Benur.
Elenco Leoci Medeiros, Geisa Barra, Tiago Assis, Nani Tavares, André Luiz Miranda
Uma realização Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual
Co-Patrocínio Banco da Amazônia
Produção VISAGEM! Filmes
contato@visagemfilmes.com.br
Produtores Associados Célio C. FIlho, Roger Elarrat, Lozansky Benur
“Visagem” de Roger Elarrat
Roger Elarrat
Roger Elarrat é belenense, de 81. No currículo, uma faculdade de comunicação – habilitação em jornalismo – e anos de docência. No audiovisual, trabalha desde 2000, onde começou como assistente de direção e diretor de 2ª unidade em curtas metragens paraenses. Dirigiu o curta-metragem “Vernissage…” em 2006 e logo depois, o primeiro curta de animação em stop motion do Pará, “Visagem!”. É roteirista e diretor do documentário “Chupa-Chupa: a história que veio do céu”, projeto este que ficou em primeiro lugar no DOCTVIII no estado do Pará e, recentemente, da adaptação da minissérie, ainda inédita, “Miguel Miguel”, baseada na obra do escritor paraense Haroldo Maranhão.
Fonte: Curta em Circuito