CHICO CARNEIRO

As entrevistas desta seção foram realizadas para dissertação de mestrado de Ramiro Quaresma da Silva, idealizador e curador do site, para o Programa de Pós-graduação em Artes (PPGArtes) do Instituto de Ciências da Arte (ICA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), intitulada “O site cinematecaparaense.org e a preservação virtual do patrimônio audiovisual: uma cartografia de vivências cinematográficas”.

 

ENTREVISTA COM CHICO CARNEIRO – NOVEMBRO 2014 – via e-mail!

 

Seu nome completo, local e data de nascimento.

 Francisco Queiroz Carneiro (Chico Carneiro), Castanhal – Para – Brasil, 21/11/1951

 

Fale sobre sua formação teórica, técnica e pratica em cinema.

Ver anexos “O Men Percurso”, “A Determinação de Fazer” e “Chico Carneiro, Filmografia Mocambicana”

 

Você já visitou, pesquisou ou assistiu filmes em uma cinemateca ou arquivo de filmes?

Sim. Nos 9 anos em que vivi em São Paulo o lugar onde mais frequentava para ver filmes era o MIS – Museu da Imagem e do Som. Em Moçambique pesquisei material histórico dos arquivos do Instituto Nacional de Cinema. Já visitei a Cinemateca de São Paulo, onde também já assisti a filmes.

 

Quais suas principais referências na realização cinematográfica? Alguma do estado do Para?

Ver anexo “O Meu Percurso” e “A Determinação de Fazer”

 

Quais foram suas realizações, e também participação em produções, em cinema e audiovisual? E no momento atual?

 Ver anexos “O Meu Percurso” e “CV Chico Carneiro Filmografia Moçambicana”

 

Quais os principais festivais e mostras que ja participou?

FICA — Festival Internacional de Cinema Ambiental, FACET’S — Festival de Cinema Infantil de Chicago, JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA, FESTIVAL DE SEIA — Portugal, NATIONAL GALERY OF ART — Washington, DC, CINEPORT — Festival dos paises da lingua portuguesa, MOSTRA UAUTRES BRESIL – Paris

LA IMAGENS DEL SUR — Espanha, DOC AMAZONIA — Belem do Para, FESTIVAL DE FILMES ETNOGRAFICOS — Rio de Janeiro, FESTCINE AMAZONIA – Rondônia, DOCKANEMA — Maputo.

 

Onde estão guardados seus filmes, material bruto e cópia final? Onde os pesquisadores podem encontra-los?

Tudo o que fiz em 8mm e em Super 8mm esta perdido. Os negativos dos filmes em 16mm que realizei no Para e as cópias finais dos que fiz em Moçambique estiio guardados na Cinemateca de São Paulo.

Toda a minha produção em vídeo (filmes paraenses e moçambicanos) estão sob minha guarda pessoal.

Os filmes em vídeo paraenses estão com muitas pessoas que adquiriram cópias, com amigos, irmãos e nos diversos acervos de festivais para onde foram enviados.

 

Como você observa o cinema e o audiovisual paraense contemporâneos?

Do que tenho podido assistir (estou falando de filmes, independente dos suportes que tenham sido feitos), vigoroso e diversificado. Embora tenha a sensação que poder-se-ia fazer muitos mais filmes do que os que sao feitos atualmente, em função da facilidade que a tecnologia digital permite.

 

Como você financiou seus projetos em cinema e qual sua opinião sobre os editais e fontes de financiamento publicas atuais.

Tirando “Os Promesseiros” (que teve um apoio do Basa e de uma Industria Castanhalense) todos os meus filmes paraenses foram financiados por mim mesmo. Isso deve-so ao fato de que os faco em um curto espaco de tempo aproveitando as minhas idas de férias ao Para, portanto sem tempo pra tentar qualquer tipo de captacão de recursos.

Por outro lado os recursos disponibilizados pelas leis estaduais/municipais sao tão exiguos que, como posso independer deles, é melhor que elcs sirvam para apoiar quem nfio tem outra forma de poder fazer um filme. Acho que a partir do governo Lula houve uma maior democratizacfio ao acesso aos recursos federais mas ainda não me beneficiei do nenhuma fonte de financiamento.

 

Sua opinião sobre a substituição da película (filme) pelo suporte digital pra captação e projeção de cinema.

Suporte digital: uma bem vinda e irreversível tecnologia. Com um lado impulsionador e democratizador do acesso a possibilidade de fazer filmes — e divulga-los – por um lado, mas, por outro, com a incerteza dc quantos desses filmes sobreviverão para a posteridade. Sobretudo aqueles que nao conseguem ter cópias em pelicula que, sabidamente, duram um século.

 

Qual sua opinião sobre a web como forma de difusão do cinema? Você tem experiências de compartilhamento de conteúdo autoral nesse meio?

Fantástica. Uma grande revolução a web nos trouxe a possibilidade de ver/rever filmes que do outra forma seria impossível. Também impôs uma nova forma de fazer e ver conteúdos, reduzindo a sua duração. E sobretudo ampliou a possibilidade de mais pessoas assistirem aos filmes. Minha experiência em partilhar conteúdos na rede ainda é incipiente.

 

Entrevista realizada por e-mail com Chico Carneiro, no dia 13/10/2014.

Deixe um comentário