QUEM VAI LEVAR MARIAZINHA PRA PASSEAR (2012) de André Mardock

QUEM vai levar Mariazinha pra passear. Direção: André Mardok. Roteiro: Ester Sá. Direção de arte: Aníbal Pacha. Figurino: Maurício Franco. Maquiagem: Plínio Palha. Direção de fotografia: Marcelo Rodrigues. Direção de produção: Luciana Medeiros, Cristina Costa. Efeitos de som: Thiago Souza. Finalização de som: Leo Bitar. Trilha sonora original e sonoplastia: Fabio Cavalcante. Preparação de ator: Adriano Barroso. Edição: Robson Fonseca. Som direto: Mário Ribeiro. Continuidade: Luciano Lira. Assistência de direção: Lucas Escócio. Assistentes de produção: Paulo Ricardo Nascimento, Andrea Rocha e Sandra Perlin. Maquiagem: Plínio Palha. Elenco: Ester Sá, Maurício Franco. Belém. 2012. 12 min. Cor. Son. Filmado em HD/Animações 3D. Realizado com recursos do edital Curta Criança do MINC/TV Brasil.

TRILHA DE FÁBIO CAVALCANTE

MATÉRIAS

“Quem vai levar mariazinha pra passear” é o único projeto do pará selecionado pelo edital Curta Criança – Portal ORM

Está chovendo e dois anjos fazem uma Mariazinha – boneca construída para fazer a chuva passar – e resolvem contar histórias enquanto esperam o tempo melhorar. Esse é o enredo do curta “Quem Vai Levar Mariazinha Pra Passear”, único do Estado do Pará selecionado pelo Edital Curta Criança, do Ministério da Cultura, em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), entre mais de 200 trabalhos inscritos de todo o Brasil. O filme será produzido em Belém e será exibido em rede nacional pela TV Brasil.
Produzido pelo grupo teatral “Desabusados Cia” para os palcos de Belém em 2006, o texto foi adaptado para a linguagem cinematográfica e conta, de maneira lúdica, a história do mito Grego de Eros e Psiquê. No filme, os anjos “001” e “002” descem à terra curiosos para conhecer os homens. Por causa da chuva resolvem fazer uma boneca Mariazinha, que conforme a superstição popular, tem o poder de controlar a chuva. Na brincadeira de contar histórias, a boneca se transforma na personagem mitológica Psiquê, e dá início à trama do mito grego. Os anjos começam a brincadeira manipulando personagens recortados em papel,
que logo em seguida ganham vida própria e conduzem para dentro do seu universo fantástico, representados no filme pela técnica do stop motion. No curta, os anjos 001 e 002, são na verdade são anjos-crianças. Os nomes deles são números, porque fazem uma referência ao número de série da produção feita por Deus. “Em nossa visão, a descida deles é quase uma peraltice. Foram passear escondidos do anjão que toma conta deles. Em nosso pensamento, eles não têm sexo, embora o anjo 001 seja interpretado por uma atriz, e o anjo 002 por um ator. 001 é gordinho e estabanado 002 é bem magrinho e descolado.
O grupo teatral vai assumir todo o processo de execução do curta. Além da produção executiva de Ester Sá, o curta terá direção de André Mardock, direção de arte de Maurício Franco e elenco formado por Ester Sá e Maurício Franco. O curta vai contar ainda com a participação de outros profissionais da área do audiovisual para a realização do filme, dentre eles os animadores Paulo Emmanuel e Andrei Miralha, além de Robson Fonseca, Yggor Araújo, Leila Negrão dentre outros.
Desafio: passar linguagem do palco ao cine O desafio de passar a linguagem do teatro para o cinema está sendo encarado como um
desafio bem positivo pelo grupo. “A Desabusados Cia festeja este novo desafio de realizar uma produção cinematográfica inspirada na nossa obra. Na verdade nosso grupo tem um pé de interesse no cinema, pois um de nossos integrantes, o André Mardock, que assinará a direção, trabalha também com a linguagem do audiovisual, eu mesma já fiz uma especialização em cinema e sou apaixonada pela linguagem”, justifica a produtora executiva.
Para o diretor do curta, André Marcock essa será uma experiência rica em desafios. “A adaptação para o audiovisual é desafiador e magnífico. Poder expandir a experiência vivida no palco para a tela, será um exercício de transcodificação de atmosferas e sensações”, afirma.
O Curta Criança é voltado para produções de curta-metragem do gênero ficção ou documentário e animação. O edital vai beneficiar com R$ 70 mil 13 obras audiovisuais com temática infanto-juvenil, voltado para a faixa etária de quatro a oito anos, e duração de 12
minutos. As obras serão exibidas na TV Brasil e emissoras associadas da Rede Pública de Televisão. Além dos selecionados, a comissão julgadora também escolheu sete projetos para fins de cadastro de reserva, em ordem classificatória, para possível convocação em casos de eventuais impedimentos ou desistências dos classificados. O edital, lançado em 2009, recebeu cerca de 330 projetos inscritos.